Gestão Energética

(GRI 3-3)

 
 

A JBS está comprometida em aprimorar a eficiência energética e ampliar o consumo indireto de energia de fontes renováveis em suas operações globais.

Um de nossos tópicos prioritários, pelo seu impacto na pegada de GEE e na ecoeficiência das nossas operações, a gestão energética é conduzida em nível global por meio de uma estratégia baseada em quatro eixos:

• Identificação de oportunidades

por meio do intercâmbio de melhores práticas entre as unidades da Companhia, avaliação e monitoramento do desempenho e realização de auditorias energéticas em cada unidade;

• Implementação de melhorias comportamentais

com a definição de indicadores-chave de desempenho (KPIs) específicos para cada unidade da JBS, incentivando a adoção de mudanças comportamentais que reduzam as emissões com baixo ou nenhum custo;

• Aprovação de despesas de capital

para investimentos na modernização de equipamentos com baixa eficiência, aproveitamento de calor residual e eliminação de processos ineficientes; e

• Consumo de energia renovável

gerada internamente ou externamente, nos casos em que a descarbonização física dos ativos da empresa não é viável.

Aplicamos essa estratégia a todas as fontes de energia consumidas pela JBS, com suporte de sistemas de gerenciamento de dados ambientais por unidade de negócios e por instalação. Além do consumo total de energia e do uso total de energia renovável, uma das principais métricas monitoradas é a intensidade energética (consumo total de energia por unidade de produção). Em 2023, será implementada uma nova plataforma global que permitirá avaliar melhor o desempenho em tempo real, comparar regiões e unidades de negócios e identificar oportunidades para reduções futuras.

Nossos esforços se refletem, ainda, em nossas metas de melhoria contínua, como nosso compromisso de utilizar 60% de energia elétrica renovável até 2030. Em nível global, 42,3% de nosso consumo energético e 45,1% do consumo de energia elétrica foram de fontes renováveis em 2022, e muitas unidades tiveram 100% de seu consumo proveniente de fontes limpas.

 
 

Eficiência energética


Nossas equipes de meio ambiente e engenharia estão empenhadas em reduzir o consumo energético de nossas instalações por meio da eficiência operacional, substituição de equipamentos, e difusão de melhorias comportamentais pelo exemplo. Em 2022, foram alinhados processos internos que nos permitiram identificar e priorizar projetos de alto impacto em diversas áreas e tópicos, como otimização das instalações de refrigeração e vapor, conversão para iluminação LED, redução do consumo de combustível da frota própria, instalação de coberturas em lagoas anaeróbicas para coleta de biogás, entre outros.

Desde o lançamento de nosso compromisso de ser Net Zero até 2040, aportamos mais de US$ 123 milhões em investimentos em mais de 180 projetos em instalações próprias, com o objetivo de reduzir as emissões de escopo 1 e 2, principalmente as relacionadas ao consumo de energia. Coletivamente, essas iniciativas representarão uma redução anual de 320.000 toneladas de CO2e.

A Companhia também institui campanhas e promove treinamentos de conscientização sobre o consumo de energia.

Energias renováveis

Em linha com nosso compromisso de reduzir as emissões de escopo 2, estamos ampliando nossos investimentos globais para aumentar a participação de energia limpa em nosso consumo total. Em 2022, as fontes renováveis representaram 43% do total demandado nas unidades produtivas globais da JBS.

Consumo energético global¹

(GRI 302-1; 302-3; 302-4)
2019 2020 2021 2022
Consumo energético (MWh) 25.582.090 21.209.776 21.937.268 20.871.164
Intensidade energética (MWh/t de produto acabado produzido) 1,31 1,08 1,08 1,04
Consumo de energia renovável (%) 36% 45% 43% 43%
Consumo de energia não renovável (%) 64% 55% 57% 57%

Consumo energético global Escopo 12

(GRI 302-1; 302-3; 302-4)
2019 2020 2021 2022
Consumo energético Escopo 1 (MWh) 19.097.746 14.364.025 15.210.827 14.500.052
Intensidade energética Escopo 1 (MWh/t de produto acabado produzido) 0,98 0,73 0,75 0,72
Consumo de energia renovável (%) 33% 43% 42% 41%
Consumo de energia não renovável (%) 67% 57% 58% 59%

Consumo energético global Escopo 23

(GRI 302-1; 302-3; 302-4)
2019 2020 2021 2022
Consumo energético Escopo 2 (MWh) 6.484.343 6.845.751 6.726.441 6.371.112
Intensidade energética Escopo 2 (MWh/t de produto acabado produzido) 0,33 0,35 0,33 0,32
Consumo de energia elétrica renovável (%) 46% 51% 45% 45%
Consumo de energia elétrica não renovável (%) 54% 49% 55% 55%
1 Considera o consumo direto [autogeração, uso de combustível para geração de vapor e calor (combustão estacionária) e consumo de combustível pela frota própria (combustão móvel)] e indireto [aquisição de energia elétrica, vapor, aquecimento e arrefecimento] de energia.
2 Considera como energia direta a geração de energia elétrica, uso de combustível para geração de vapor e aquecimento térmico (combustão estacionária) e consumo de combustível para operação da frota própria de veículos (combustão móvel).
3 Considera o consumo indireto de energia [aquisição de energia elétrica, vapor, aquecimento e arrefecimento].
4 Dados auditados para as unidades do Brasil. Consulte a carta de asseguração no link: XX

Estudos de caso:

No Reino Unido, a Pilgrim’s UK e a Pilgrim's Food Masters mantiveram o consumo de energia 100% renovável em 2022.
A Pilgrim's UK prevê investimentos de mais de £10 milhões em 2022 e 2023 na implementação de uma série de inovações de processo e melhorias operacionais. Foi elaborado um roteiro de investimentos de descarbonização a fim de priorizar os projetos de redução que receberão investimentos. Entre eles estão a substituição de equipamentos por alternativas mais eficientes, como a troca de caldeiras a gás por bombas de calor e otimização de sistemas de refrigeração. A empresa já possui empreendimentos de energia solar em muitas de suas unidades e está em processo de implantação de novos empreendimentos no restante de suas operações em todo o país. Juntos, esses empreendimentos gerarão uma redução de 11.000 toneladas de emissões de carbono por ano.
A unidade de cogeração Biolins produz energia elétrica e vapor a partir de biomassa (bagaço de cana, cavaco de eucalipto e resíduos de biomassa diversos)
com capacidade de geração de 45 megawatts (MW), volume suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes. A Biolins fornece 100% de energia elétrica e vapor para as fábricas da Friboi, JBS Couros e JBS Novos Negócios do próprio parque industrial de Lins. Sozinha, a usina gera o equivalente a 25% do total de energia elétrica utilizado por todas as unidades da JBS no Brasil.
Em muitas das operações globais da JBS, a iluminação se destacou como oportunidade para melhorias na gestão energética. Uma iluminação ineficiente, além de prejudicar a produtividade no ambiente de trabalho
está associada a um alto consumo e custo de energia. No total, a empresa investiu US$ 11 milhões em 41 projetos para substituir lâmpadas e controles de iluminação por sistemas LED automáticos, gerando uma economia de energia de pelo menos 80% em comparação com sistemas convencionais. Além disso, o ambiente de trabalho bem iluminado melhora o clima e a eficiência no trabalho.
Em um projeto para tornar mais sustentável o consumo energético por meio da geração solar, a Pilgrim’s firmou parceria com uma das maiores empresas de energia na América do Norte para implementar seu primeiro projeto de energia solar nos Estados Unidos, no Texas.
Com sua abundância de terras abertas e incidência solar, a região oeste do Texas tem um dos maiores potenciais de aproveitamento solar e eólica do país. O empreendimento solar Pilgrim’s West Texas tem contrato de 15 anos que prevê o fornecimento de um total de 786.938 megawatts de energia renovável às unidades rurais da Pilgrim’s em Nacogdoches, Waco e Lufkin, evitando um total de 334.070 de toneladas de CO2e anualmente. Para colocar isso em perspectiva, equivale a retirar mais de 80.113 carros das estradas por um ano. Quando comparado com medidas de compensação de carbono, o volume de CO2e evitado por este projeto equivale à quantidade de carbono capturada por mais de 393.024 hectares de florestas em um ano ou mais de 5.567.836 mudas de árvores em 10 anos. Com o aumento da disponibilidade de energia solar como fonte renovável, acreditamos que ela possa contribuir para nossa meta global de zerar o balanço das emissões de carbono e atender à demanda energética de nossas instalações.
Nas operações da Pilgrim’s no México, reduzimos o consumo de energia em 16% entre 2021 e 2022. Ao longo do ano, a empresa desenvolveu
um projeto intensivo para substituir motores elétricos antigos por modelos de alta eficiência, além de substituir o uso de gás natural em caldeiras por biogás para a produção de vapor em uma das unidades.
Em 2022, foram investidos cerca de US$ 9 milhões em 18 projetos para melhorar a recuperação de calor residual do processo.
Em muitos casos, o calor residual pode ser aproveitado para reduzir o consumo de energia da concessionária. Dessa forma, esses projetos têm o potencial de evitar mais de 13.000 toneladas de emissões de GEE por ano.
No Brasil, a Swift utiliza energia solar limpa e renovável em suas lojas e em todos os veículos utilizados como unidades móveis para venda dos produtos da marca.
A empresa instalou painéis solares sobre os telhados de 101 lojas Swift e fornece energia para mais 45 lojas proveniente de usinas solares. Ao priorizar a solução solar em suas operações, a empresa reduz emissões de carbono e minimiza seu impacto ambiental. Este projeto é desenvolvido em parceria com a mbar Energia, empresa de soluções em energia da J&F Investimentos. Até o segundo semestre de 2025, a Swift prevê que toda a sua rede será abastecida com energia solar.
Na Europa Continental e no Reino Unido, a Moy Park reduziu sua intensidade energética em 8% entre 2021 e 2022.
Essa redução no consumo global de energia foi obtida graças aos esforços de equipes dedicadas à eficiência energética nas unidades, que desenvolvem projetos de redução, planos de ação com oportunidades específicas e mudanças comportamentais entre os colaboradores. Indicadores-chave de desempenho (KPIs, na sigla em inglês) relacionados à energia foram acompanhados de perto por meio de análises periódicas de desempenho, e houve avanços na implantação sistemas de medição. Por fim, o intercâmbio de informações sobre ações e resultados de redução do consumo entre as unidades também teve um impacto positivo.
Em várias unidades da JBS USA e da Pilgrim’s nos Estados Unidos, estabelecemos parcerias com concessionárias locais e consultorias na área de energia para identificar oportunidades de economia energética,
realizar auditorias nos processos e implementar melhores práticas para reduzir o consumo energético. Fruto dessas iniciativas, 16 unidades receberam assistência técnica e obtiveram reduções em várias frentes – desde a adoção de hábitos econômicos no dia a dia até a realização de projetos de capital de recuperação de calor. Essas unidades continuam a desenvolver novas iniciativas de economia energética.
No mesmo escopo, a No Carbon, novo negócio da JBS focado em aluguel de
caminhões elétricos, iniciou suas operações em 2022, prestando suporte logístico a varejistas e outros negócios da JBS no Brasil.