Gestão e Governança

(GRI 2-9)

Estrutura de governança

Nossa filosofia corporativa prevê uma governança robusta e a conformidade com todas as leis, regulamentos e nossas políticas internas.

Conselho de Administração

(GRI 2-12, 2-13, 2-17)

O Conselho de Administração é o mais alto órgão de governança da Companhia. É formado por nove membros, sendo um presidente, um vice-presidente, e sete conselheiros efetivos designados conselheiros independentes, dos quais duas são mulheres. Os conselheiros, eleitos em Assembleia Geral de Acionistas para mandatos unificados de dois anos, são responsáveis por definir as políticas e diretrizes dos negócios, assim como metas econômicas, sociais e ambientais, além de monitorar o desempenho da empresa e supervisionar a gestão da Diretoria.

Cada membro do Conselho traz expertise e perspectivas diversas, o que contribui para a dinâmica e a capacidade de assessoria à JBS, considerando ainda as especificidades geográficas das nossas operações. Com maioria de membros independentes, o Conselho também assegura que a condução de nossos negócios seja orientada por vozes credíveis, objetivas e qualificadas.

Comitês de assessoramento do conselho

(GRI 2-9)

O Conselho de Administração da JBS conta com o apoio de seis comitês específicos que o auxiliam nas deliberações estratégicas para o negócio.

  • Comitê de Responsabilidade Socioambiental

    Orienta o Conselho de Administração com relação aos riscos e oportunidades em sustentabilidade. Dessa forma, o comitê é responsável por cuidar e conectar todos os assuntos relacionados ao tema nos negócios da Companhia, em seus aspectos globais, tais como: identificação de assuntos críticos que resultem em impacto nos negócios; acompanhamento e implementação de políticas, estratégias e ações específicas; e avaliação de propostas de investimentos em sustentabilidade.

  • Comitê de Auditoria Estatutário

    Assessora o Conselho quanto a normas, regras e processos de divulgação e transparência das demonstrações financeiras, além de ser responsável por avaliar o desempenho dos sistemas de controles internos e das auditorias interna e externa. Anualmente, o Comitê revisa os trabalhos da auditoria interna e aprova as diretrizes e os planos de ação para o exercício em curso.

  • Comitê Financeiro e de Gestão de Riscos

    Auxilia o Conselho e a Diretoria Estatutária nas análises dos reflexos do cenário econômico mundial nos negócios da JBS. O Comitê atua no aprimoramento de regras e procedimentos para controle e gestão de riscos de mercado e de crédito. Tem como objetivo reduzir o risco de oscilações nos preços e gerar valor para os acionistas, além de contribuir para a mitigação de outros riscos relevantes.

  • Comitê de Governança, Remuneração e Nomeação

    Tem por finalidade implementar práticas e políticas baseadas nos mais altos padrões globais de governança corporativa e compliance.

  • Comitê de Partes Relacionadas

    Visa assegurar que as transações da JBS e de suas controladas e coligadas, envolvendo partes relacionadas, sejam realizadas no melhor interesse da Companhia, e considerem condições ordinárias de mercado, negociadas de forma independente, mediante processo transparente, ético, em conformidade com a legislação vigente e em termos não menos favoráveis à empresa do que seriam caso fossem realizadas com terceiros que não são partes relacionadas.

  • Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão

    O Comitê tem por objetivo assessorar o Conselho de Administração no cumprimento de suas atribuições com relação às regras e princípios de processos relativos à gestão de pessoas, por meio da definição, implementação e gerenciamento de programas de diversidade e inclusão, incluindo, mas não se limitando aos processos de recrutamento, contratação, treinamento, promoção e demissão, promovendo um local de trabalho de inclusão, alinhadas à estratégia, cultura e valores da Companhia. O Comitê é responsável pelo desenvolvimento de ações afirmativas, com base no trabalho que será desenvolvido por grupos internos dentro da Companhia, com o objetivo de realizar uma escuta ativa dos colaboradores e traçar planos de ação a partir das oportunidades de melhoria detectadas.

Para saber mais sobre o Conselho de Administração da JBS, acesse nosso site de Relações com Investidores.

Diretoria Executiva

A Diretoria da JBS é o seu órgão administrativo executivo. Os diretores executivos são os seus representantes legais e são responsáveis pela organização interna, processo deliberativo, operações diárias e implementação de políticas e diretrizes gerais estabelecidas periodicamente pelo Conselho de Administração. A Diretoria é responsável, ainda, pela execução da estratégia de sustentabilidade da Companhia em suas operações globais.
Os membros da Diretoria da Companhia são eleitos pelo Conselho de Administração por mandatos de três anos, podendo ser reeleitos.

Gestão de riscos

A JBS mantém uma estrutura global de gerenciamento de riscos, com diretoria própria (Diretoria de Controle de Riscos) e acesso direto à alta administração por meio do Comitê Financeiro e de Gestão de Riscos, que assessora o Conselho de Administração. O foco é acompanhar as variáveis e os fatores a que a JBS está exposta nos quesitos financeiro – mercado, crédito, liquidez – e não financeiro, com foco em tópicos socioambientais. As mudanças climáticas, por exemplo, fazem parte do rol de riscos monitorados.

A Diretoria de Controle de Riscos é responsável por identificar, avaliar, mitigar e monitorar os riscos financeiros inerentes às operações da Companhia. Com base nas diretrizes da Política de Gestão de Riscos Financeiros e de Commodities, aprovada pelo Conselho de Administração, a área também apoia as unidades operacionais na identificação e no monitoramento dos riscos próprios das suas atividades, por meio de profissionais especializados e sistemas específicos.

Contamos, ainda, com a Diretoria Global de Segurança dos Alimentos e Garantia da Qualidade, que está diretamente subordinada à Presidência Global, e o Conselho Consultivo Independente, encarregado de discutir e assessorar a equipe executiva da JBS USA na gestão de riscos sobre políticas, procedimentos, impactos e riscos relacionados à sustentabilidade.

Na Pilgrim’s, o recém-criado Comitê de ESG assessora o Conselho de Administração no acompanhamento das políticas, estratégias e programas ambientais, sociais e de governança da empresa, contemplando questões como impacto das mudanças climáticas, conservação de energia, direitos humanos, diversidade e inclusão, bem como saúde, segurança e bem-estar dos colaboradores. Em sua função fiscalizadora, o comitê é responsável por assegurar que as metodologias adotadas e a gestão de recursos pela diretoria e outros membros da alta administração sejam assertivas e compatíveis com os objetivos de ESG da empresa.

Matriz de Riscos

Categoria

Risco

Descrição

Resposta ao Risco

Cibernéticos Cybersecurity Ativos de informação (como hardware, sistemas, laptops, dados de clientes e/ou propriedade intelectual) desprotegidos ou expostos que podem ser afetados por um ataque cibernético, resultando em impactos financeiros, parada ou interrupção nas operações e dano em marcas e reputações.
  • Topologia de rede desenvolvida para protegê-la contra danos e acesso não autorizado

  • Monitoramento da Deep e Dark Web pela Tempest

  • Testes de penetração anuais para detectar vulnerabilidades no sistema

  • Se positivo, é elaborado um plano de ação. Após a correção, um novo teste é realizado

  • Teste antes de lançar cada novo sistema ou inscrição

  • Todos os desenvolvedores, contratados ou usuários do sistema JBS tem que passar por um fator de autenticação dupla antes atingindo o sistema pretendido

  • A área de segurança armazena backups e históricos que garantem a retomada das operações no caso de o sistema fica indisponível

  • Os discos rígidos de todos os laptops da Empresa são criptografado

  • Antivírus atualizado permanentemente

  • Auditoria anual do sistema de segurança por terceiros

  • Trabalhar com autoridades governamentais em caso de ameaças para sistemas

Operacional Saúde animal Ocorrência de um surto de doença animal no país ou em uma região, provocando um possível fechamento de mercados importantes e aumento de reclamações de clientes, resultando na incapacidade de fornecer produtos e manter as operações nas fábricas.
  • Monitoramento diário através do Painel de Enfermidades e Contaminação das situações de incidências de doenças e medicamentos controlados identificados nos animais abatidos

  • Disponibilidade de uma Biblioteca de Saúde e Bem-estar Animal, com o objetivo de conscientizar e instruir os fornecedores

  • Estabelecimento de parcerias estratégicas com o objetivo de mitigar o risco de doenças animal no rebanho dos fornecedore

  • Programa de Garantia de Origem, para levantamento de status das propriedades para direcionar ações em 13 seções

  • Proporção de melhoria contínua nas propriedades através do Programa Fazenda Nota 10 de adesão voluntária nos aspectos gerais, de nutrição e alimentação

  • Frentes de trabalho públicas, institucionais e processuais para controle e mitigação dos impactos das doenças emergenciais, com planejamento estratégico na organização para identificar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças relacionadas à competitividade do negócio

  • Sistema verticalizado de integração, que nos permite uma rastreabilidade completa, estabelecendo medidas de biosseguridade, mapas de riscos, medidas rigorosas de bloqueio, medidas que evitam a entrada de doenças, controle de acesso à granjas, entre outros.

  • Preparo de opções estratégicas para contenção de riscos (plano de contingência)

  • Programas de educação continuada com os produtores e intensa atividade de conscientização e estruturação para a biosseguridade com determinação de fluxos de comunicação, treinamentos e simulados para todos os envolvidos (controles mitigatórios)

  • Sistema de qualidade laboratorial com capacidade para diagnóstico diferencial

Segurança dos colaboradores A Companhia não cria e/ou não fornece um ambiente em que a segurança dos seus colaboradores é a principal prioridade, resultando em acidentes ou fatalidades e em riscos críticos à reputação A JBS possui uma área de Saúde e Segurança Corporativa com foco específico em padrões e processos de Segurança e Saúde, sendo que cada Negócio possui uma estrutura matricial, bem como equipes de SESMT que atuam em cada Unidade Operacional. No Brasil, o gerenciamento de riscos é realizado por meio do Programa de Segurança e Saúde de Auto Gestão - PSSAG, que integrados com os requisitos legais contribuem para a gestão dos perigos e riscos, todas as ferramentas possuem rotinas de acompanhamento e atualização periódicas. Existem Comitês de Segurança que se desdobram à partir da Alta Administração até a estrutura de cada Unidade Operacional, onde são tratados temas específicos e acompanhado o desenvolvimento das rotinas e processos de Segurança e Saúde, bem como os Indicadores Chave de Desempenho da área.
Financeiro Mercado Riscos de câmbio, juros e de commodities, cujas flutuações de preços potencialmente afetem os negócios da JBS
  • Exposições mapeadas em tempo real

  • Adoção de instrumentos financeiros de proteção, inclusive derivativos, desde que aprovados pelo Conselho de Administração

Crédito Risco de inadimplência, relacionado a contas a receber, aplicações financeiras e contratos de proteção Contas a receber de clientes: pulverização da carteira e estabelecimento de parâmetros seguros para a concessão de crédito (sempre observando limites proporcionais, índices financeiros e operacionais, e realizando consultas a órgãos de monitoramento de crédito) Operações financeiras que tenham como contraparte instituições financeiras: limites de exposição definidos pela Comissão de Gestão de Riscos e aprovados pelo Conselho de Administração, baseados em classificações de risco (ratings) de agências internacionais especializadas
Liquidez Possibilidade da ocorrência de desequilíbrios entre os ativos negociáveis e os passivos exigíveis que possam afetar a capacidade de cumprir as obrigações financeiras a vencer Gestão da estrutura de capital focada em métricas de liquidez imediata modificada – ou seja, disponibilidades mais investimentos financeiros, divididos pela dívida de curto prazo – e de capital de giro, para manter a alavancagem da Companhia e de suas controladas. Em 2019, foi publicada uma Política de Gestão de Liquidez que estabelece as diretrizes para o processo de gestão de liquidez da Companhia e de suas subsidiárias, no Brasil e no exterior
Socioambientais Aquisição de matéria prima Risco de adquirir matéria-prima de fornecedores envolvidos com desmatamento de florestas nativas, invasão de áreas protegidas – como terras indígenas, quilombolas, comunidades locais ou unidades de conservação ambiental –, uso de trabalho infantil e análogo ao escravo ou produtos que possam oferecer riscos à saúde de seus consumidores
  • Aquisição de gado de corte: adoção e notificação ao mercado, sobre os critérios socioambientais para e promoção de boas práticas pecuárias.

  • Monitoramento de fazendas fornecedoras usando um sistema geoespacial capaz identificar incidentes de não conformidade e prevenir a compra de matéria-prima de fornecedores com comportamento inadequado.

  • Plataforma Pecuária Transparente possibilita aos fornecedores de gado à JBS para incluir seus próprios fornecedores no cadastro, atender aos critérios socioambientais para a pecuária reprodução no bioma amazônico

  • Escritórios Verdes

  • Monitoramento da cadeia de forncedores de grãos

  • Aves e suínos: a origem e a qualidade da matéria-prima são garantida pela relação integrada entre a Empresa e os criadores dos animais

  • Visitas periódicas e auditorias em fornecedores garantem que a produção práticas atendem aos critérios estabelecidos pela JBS

Mudanças Climáticas Alterações climáticas podem impactar negativamente os negócios da empresa. Recursos como água, energia elétrica e ração animal (dependente da agricultura) são fundamentais para a produção de matéria-prima (bovinos, aves, suínos e ovinos). Os negócios também podem ser impactados por novas legislações e regulamentações sobre o tema A JBS possui um programa de compliance global que abrange os seguintes pilares:
  • Avaliação de Riscos

  • Liderança e Governança

  • Políticas e Procedimentos

  • Canal de Denúncia

  • Controles

  • Treinamentos e Comunicação

  • Due Diligence Terceiros

  • Avaliação, Fiscalização e Disciplina