Saúde e Nutrição

Avaliar as necessidades diárias e o estado de saúde dos animais sob nossos cuidados é essencial para garantir seu bem-estar. Seja qual for o sistema de produção, estamos comprometidos em garantir aos nossos animais uma nutrição adequada e atendimento veterinário pleno.

Acompanhamento da saúde do animal

Nossas abordagens regionais:


Cuidados veterinários

Nossos veterinários licenciados estabelecem e monitoram todos os protocolos de saúde e vacinas, e seguem todas as regulamentações governamentais. Esses veterinários realizam exames de saúde de rotina e estão disponíveis para consulta sobre qualquer assunto em sua especialidade.

Cada unidade tem um plano de saúde, desenvolvido em parceria com nossos veterinários, que inclui especificações relacionadas ao manejo animal, esquemas de vacinação, monitoramento e tratamento da saúde animal, monitoramento de mortalidade e morbidade, e medidas tomadas para prevenir a transmissão de doenças. Esses especialistas também trabalham na mitigação ou eliminação da dor dos animais.

 
 

Alterações físicas

Nossas abordagens regionais:


Nutrição

Fornecer a nutrição adequada para manter a condição corporal apropriada e otimizar o crescimento, é fundamental para a saúde geral e o bem-estar de nossos animais. Nossa equipe de Ph.D. e nutricionistas especializados formulam dietas específicas para a espécie e o estágio de vida do animal e ajusta as dietas, diariamente, se necessário, para otimizar o crescimento e prevenir deficiências nutricionais e distúrbios digestivos. Produzimos nossa ração em fábricas próprias e contratadas, usando uma mistura que inclui milho, feno moído (para gado) e outros grãos. Em nossas unidades de aquicultura, adquirimos rações de fornecedores certificados.

 
 

Uso de antibióticos

Na JBS, o uso de antibióticos em animais segue diretrizes locais.

Nossas abordagens regionais:


Os parceiros da JBS USA no fornecimento de gado e suínos garantem o cumprimento dos requisitos de bem-estar animal por meio do preenchimento de uma declaração juramentada no ponto de venda, e são auditados por terceiros aleatoriamente. Programas de processo verificado (natural, orgânico, alimentado com pasto, sem antibióticos etc.) podem exigir conformidade adicional, dependendo dos requisitos específicos do programa.

Como parte de nosso compromisso de longa data de proteger o bem-estar de nossos animais, não suspendemos o tratamento com antibióticos se um veterinário licenciado determinar que é uma ação apropriada. Se o tratamento com antibióticos for necessário, o animal é transferido de nossos programas sem antibióticos/NAE e orgânicos, e movido para nossos programas convencionais. Jamais permitiremos que um animal doente sofra.

Alternativas aos antibióticos

Estamos empenhados em reduzir o uso de antibióticos na pecuária e na produção de suínos e aves, e realizamos extensas pesquisas para otimizar o manejo dos animais para reduzir a incidência de doenças e identificar outros produtos que promovam e fortaleçam a saúde animal e a prevenção de doenças.

Enquanto continuamos inovando, adotando novos produtos e melhorando o gerenciamento para reduzir a incidência de doenças, é importante lembrar que não podemos substituir completamente os antibióticos e ionóforos para o tratamento e prevenção de doenças. As equipes de veterinária e nutrição continuarão trabalhando em estreita colaboração com empresas que produzem esses compostos alternativos, bem como universidades e pesquisadores privados para garantir que estejamos na vanguarda da inovação à medida que continuamos fornecendo aos nossos clientes produtos de carne e frango saudáveis e nutritivos.

Clonagem e engenharia genética

A JBS opera de acordo com as respectivas normas sobre genética animal. Atualmente, não criamos nem adquirimos animais sabidamente clonados ou geneticamente modificados, editados ou manipulados. Até onde é do nosso conhecimento, ainda não existem mecanismos de rastreamento desses animais em muitos dos países onde operamos. Também estamos cientes da existência de pesquisas científicas em genética que podem trazer benefícios à saúde e ao bem-estar dos animais, e continuaremos a analisar e avaliar essas pesquisas junto aos nossos clientes.

Cases:

No Brasil, a JBS apoia o projeto Redução da Marca a Fogo na produção de carne bovina, uma tendência para a garantia do bem-estar animal. As fazendas estão aderindo diversas tecnologias para substituir a marca de fogo por brincos, botons e tatuagens, e outras soluções inovadoras.
A marca a fogo é o método mais antigo de identificação de gado, sendo utilizado para exibir a identificação do proprietário, a identificação individual dos animais ou para controle da saúde do rebanho (p. ex., a regulamentação brasileira exige a marcação de bezerros vacinados contra a brucelose). No entanto, mesmo quando aplicada corretamente, a marcação a fogo é prejudicial para a pele dos animais. Embora o metal aquecido fique em contato com a pele do animal por apenas 2 a 3 segundos, é o suficiente para causar queimaduras de segundo ou terceiro grau que deixam marcas permanentes nos animais. A sensação de dor persiste por vários dias devido ao processo inflamatório resultante das queimaduras, o que pode ser agravado quando o procedimento não é realizado corretamente, resultando em lesões com alto risco de infecções e infestações por parasitas. Além disso, a prática de marcação a fogo aumenta o risco de lesões para os vaqueiros, criando um ambiente de trabalho insalubre. Para aprimorar as práticas de manejo relacionadas à identificação de bovinos, a JBS realiza desde 2021 um projeto-piloto em quatro fazendas parceiras. Nessas fazendas, 68.450 marcas a fogo deixaram de ser feitas ao longo do ano. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (ETCO) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), a consultoria BE.Animal e a Fazenda Orvalho das Flores, e conta com o apoio da JBS, da MSD Animal Health e da ALLFLEX. As fazendas participantes recebem um diagnóstico de situação; a explicação de como a identificação interfere no manejo das fazendas; treinamento e implantação de boas práticas de manejo de identificação; e acompanhamento da evolução das ações implantadas. Além disso, a JBS fornece aos produtores um Guia de Boas Práticas, que contém orientações para a utilização de outros métodos de identificação, como brincos (eletrônicos ou não) e tatuagens nas orelhas dos animais. Essas alternativas possibilitam uma gestão operacional mais eficiente da fazenda.
A JBS Canadá colabora ativamente com o Programa Integrado para Vigilância Antimicrobiana do Canadá (CIPARS), um programa nacional de vigilância que coleta, analisa e divulga dados sobre o uso de antimicrobianos e a resistência a esses agentes em bactérias selecionadas, provenientes de seres humanos, animais e carne comercializada no varejo no Canadá. As informações do CIPARS contribuem para medidas destinadas a conter o surgimento e a disseminação de bactérias resistentes entre animais, alimentos e seres humanos, com o objetivo de prolongar a eficácia dos antimicrobianos.
Desde o início do programa, o CIPARS contribui para preservar a eficácia dos antimicrobianos tanto em seres humanos quanto em animais, por meio da vigilância de dados de uso de antimicrobianos (AMU) e de resistência antimicrobiana (AMR).
No Reino Unido e na Europa, a Pilgrim's Moy Park trabalha em parceria com a Professora Niamh O'Connell, da Queen's University Belfast (QUB), para aprofundar a compreensão das experiências das aves e para automatizar a avaliação do comportamento avícola. Em 2022, a equipe da QUB recebeu US$ 1 milhão em recursos no concurso “SMART Broiler” realizado pela Foundation for Food and Agriculture Research em parceria com a rede McDonald's. Como parceira industrial, a Moy Park forneceu suporte ao projeto, que tem o principal objetivo de desenvolver uma tecnologia de monitoramento por câmeras batizada de FlockFocus. O sistema inovador coleta automaticamente informações sobre o comportamento das aves e outras informações de manejo. Os primeiros resultados do projeto indicam que é possível identificar as aves e captar automaticamente informações como o gait score—indicador da capacidade locomotora das aves—e comportamento lúdico, no raio de visão das câmeras.
Uma das maiores complexidades nesse campo de pesquisa é compreender a experiência individual das aves. Nos últimos 10 anos, temos realizado estudos para identificar metodologias para o monitoramento individual das aves. Em maio de 2023, em parceria com a Moy Park, foi publicado o primeiro artigo do gênero, sob o título “Large variation in the movement of individual broiler chickens tracked in a commercial house using ultra-wideband backpacks”. O artigo oferece uma visão fascinante da variação individual que existe entre os grupos de aves e, pela primeira vez, documenta os níveis de atividade até o abate. Esses resultados abrem um amplo leque de oportunidades no sentido de aprimorar o projeto de ambientes que promovam o bem-estar e a produtividade das aves.
Além de capturar os comportamentos positivos apresentados pelas aves no dia a dia, a Pilgrim’s Moy Park continua a buscar novas formas de proporcionar oportunidades para que as aves manifestem comportamentos naturais. Um desses comportamentos é o “feed running” (corrida pelo alimento). Embora o nome possa gerar confusão, consiste basicamente do hábito observado nas aves de pegar pequenos objetos do chão, como papel de forro ou pedaços de palha, e sair correndo enquanto outras aves tentam “roubá-los."
A QUB está patenteando um objeto enriquecedor que estimula esse comportamento. O artefato tem durabilidade igual ao do ciclo de criação das aves, e se decompõe na cama do aviário após o abate.
Em um programa de doutorado com financiamento da indústria, a Moy Park e a QUB uniram forças para estudar estratégias alternativas para a incubação e manejo de pintos de corte, bem como o impacto dessas práticas ao longo da vida das aves em termos de saúde, bem-estar e produtividade. Em aves criadas na Moy Park Performance House, o estudo avaliou diversas alternativas, incluindo incubação interna, diferentes variações de alimentação e oferta de água na incubadora, e disponibilização de ração inicial úmida após o alojamento, tendo como controle a prática comercial padrão utilizada. Ao final do estudo, foi constatado que os sistemas alternativos não resultaram em melhorias significativas no desempenho das aves e, em muitos casos, apresentaram resultados inconsistentes e até piores quando comparados com as práticas comerciais tradicionais. Contudo, dentre os sistemas alternativos avaliados, a incubação interna se destacou como alternativa mais promissora.
O segundo estudo realizado como parte do programa de doutorado investigou se os padrões de iluminação dos alojamentos nos primeiros 7 dias de vida proporcionam o ambiente ideal para os pintos. O tese da pesquisa surgiu da observação de que, tradicionalmente, os pintos passam boa parte do tempo debaixo da galinha-mãe, protegidos da luz externa. Foi realizado um estudo comercial em grande escala para avaliar três tratamentos distintos, incluindo um programa de iluminação típico no Reino Unido, um período prolongado de escuridão nos primeiros 7 dias, e um tratamento que faculte aos pintos acesso a áreas abrigadas ou cobertas, proporcionando áreas mais escuras nos primeiros 7 dias. O estudo constatou que períodos longos de iluminação nos primeiros dias de vida não são essenciais para manter o desempenho produtivo em frangos de corte. Além disso, apresentou uma abordagem inovadora para o enriquecimento ambiental usando abrigos escuros, que teriam benefícios para a saúde das patas das aves.
Em colaboração com parceiros governamentais e do setor, a Huon Aquaculture ajudou a desenvolver a primeira vacina pentavalente para salmão na Tasmânia. Essa vacina proporciona proteção contra cinco cepas de patógenos em uma única dose e, até o momento, tem demonstrado excelente eficácia em campo.
O investimento da Huon nesse projeto trouxe benefícios diretos e significativos para o bem-estar dos peixes, ao fornecer proteção contra doenças prejudiciais à saúde e ao desempenho produtivo. Além disso, a Huon participa diretamente de experiências nutricionais e em um programa de melhoramento genético promovido pela indústria, que também contribui de forma significativa para o bem-estar dos peixes.