Nossa Estratégia Climática

(SASB FB-MP-110a.2)

Mudanças climáticas e segurança alimentar são dois desafios aparentemente concorrentes — alimentar um mundo que terá 10 bilhões de pessoas com alimentos seguros, nutritivos e acessíveis, ao mesmo tempo em que ajudamos os agricultores e nosso sistema alimentar a reduzir os impactos ambientais e se adaptar a um clima em mudança.

Devemos agir com urgência para limitar o aquecimento global e combater seus efeitos mais negativos. Como uma empresa global e diversificada de alimentos, temos a responsabilidade de alavancar nossa escala e influência para ajudar a liderar a transformação sustentável pelo exemplo e empoderar nossa cadeia de valor e parceiros para avançar coletivamente. Por meio de parcerias com governos, universidades, associações industriais e outros, estamos trabalhando para inovar e impactar um dos riscos de longo prazo mais urgentes enfrentados pela cadeia de suprimentos agrícolas e indústrias dependentes, ao mesmo tempo em que garantimos que vamos produzir mais usando menos recursos.

Nosso desempenho

A JBS tem mais de uma década de história medindo, monitorando e registrando emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa (GEE) e de relatórios voluntários ao CDP, órgãos regulatórios regionais, entre outros. Nossas emissões de GEE são calculadas com base no The Greenhouse Gas Protocol: A Corporate Accounting and Reporting Standard (Edição revisada) (Protocolo GEE) do World Resources Institute e do World Business Council for Sustainable Development, assim como critérios internos definidos pela JBS.

Em 2022, trabalhamos com especialistas terceiros confiáveis, incluindo um importante prestador de serviços de descarbonização com sede no Reino Unido e credenciado pelo CDP, para realizar a primeira análise abrangente do inventário global de emissões de GEE da empresa, incluindo emissões diretas de GEE de nossas próprias operações (Escopo 1), emissões indiretas de energia comprada (Escopo 2) e emissões indiretas de atividades upstream e downstream em nossa cadeia de valor (Escopo 3).

Para fortalecer a confiança dos stakeholders em nossas emissões reportadas, obtivemos assegurações limitadas de terceiros para os nossos inventários globais de GEE de Escopo 1 e 2 de 2019 a 2022. Além disso, estamos atualmente passando por auditorias de asseguração limitada de nossos inventários GEE para os Escopos 1 e 2 de 2023, bem como para nosso inventário preliminar de Escopo 3 de 2021. Reportaremos resultados atualizados assim que finalizados. No futuro, continuaremos a conduzir auditorias anuais em relação ao nosso inventário de GEE e aos Sustainability Linked Bonds. (GRI 2-5)

Para mais informações, visite nossos sites de Relações com Investidores. É importante observar que as emissões descritas aqui podem diferir ligeiramente daquelas baseadas nos requisitos específicos da estrutura de cada Título Vinculado à Sustentabilidade.

Emissões de produtos do campo à mesa

Tal como outras empresas do nosso setor alimentar e agrícola, a maior parte da nossa pegada de emissões de GEE é composta por emissões indiretas de Escopo 3, provenientes de atividades como a produção de gado e grãos, ou a distribuição e consumo de produtos.

Em 2022, as emissões de Escopo 3 representaram 97% do nosso inventário total, enquanto as emissões dos Escopos 1 e 2 representaram apenas 2% e 1%, respectivamente. Isso representa um desafio significativo, pois essas emissões de Escopo 3 não estão diretamente relacionadas às operações e gestão da JBS. Elas são o resultado de milhares de operações agrícolas individuais que cultivam as commodities em nossa cadeia de fornecimento e milhões de consumidores que utilizam os produtos da JBS.

ESCOPO JBS GLOBAL6 (MT CO2e)
2019 2020 2021 2022 2023
Escopo 11 3.959.756 3.760.221 3.873.082 3.762.136 3.455.664
Escopo 2 (Baseado em Localização)2 1.852.769 1.696.928 1.774.432 1.601.134 1.545.135
Escopo 2 (Baseado em Mercado)3 1,816,020 1,530,864 1,724,578 1,453,967 1,548,742
Escopo 34 ND ND 164.116.140 182.343.254 151.531.147
1. Bens de Serviços Adquiridos5 ND ND 145.754.605 159.582.433 134.773.305
2. Bens Capitais ND ND 645.683 241.982 212.946
3. Atividades Relacionadas a Combustível e Energia ND ND 823.943 890.252 860.260
4. Transporte e Distrinuição a Montante ND ND 4.590.693 6.176.849 6.182.901
5. Lixo Gerado nas Operações ND ND 373.592 388.607 771.405
6. Viagens de Negócios ND ND 10.752 12.512 14.792
7. Eventos de Colaboradores ND ND 193.442 194.704 181.628
8. Ativos Arrendados a Montantes ND ND 76.230 71.272 71.272
9. Transporte e Distribuição Alugados em Retorno ND ND 4.128.819 6.314.659 2.294.512
10. Processamento de Produtos Vendidos ND ND 1.479.137 1.437.556 1.321.401
11. Uso de Produtos Vendidos ND ND 4.492.789 4.436.735 3.434.561
12. Tratamento de Fim de Vida de Produtos Vendidos ND ND 1.517.873 2.567.110 1.375.408
13. Ativos Arredados e Jusante ND ND 0 0 0
14. Franquias ND ND 0 0 0
15. Investimentos ND ND 28.583 28.583 36.756
Total7 5.775.775 5.291.086 169.713.801 187.559.356 156.535.553
  1. ND = Não Disponível
  2. Incluí emissões diretas de combustão estacionaria, combustão móvel, agricola, resíduos e efluentes, além de emissões fugitivas e de processo nas instalações de propriedade da JBS.
  3. Inclui emissões indiretas provenientes de compra de eletricidade, vapor, aquecimento e refrigeração. A eletricidade adquirida é calculada metodologia baseada na localização.
  4. Inclui emissões indiretas provenientes de compra de eletricidade, vapor, aquecimento e refrigeração. A eletricidade adquirida é calculada metodologia baseada no mercado.
  5. Inclui todas as demais emissões indiretas da nossa cadeia de valor, tanto upstream quanto downstream das operações da JBS.
  6. Não inclui emissões associadas à alteração do uso do solo, uma vez que esses cálculos estão atualmente a ser melhorados.
  7. Na data de publicação, este relatório fornece a melhor e mais recente divulgação pública das nossas emissões CHG. As informações em relatórios anteriores não podem ser usadas ou comparadas. Para relatórios de garantia limitada, consulte nosso website.
  8. Utiliza o método baseado no mercado para emissões de escopo 2.
 
 

Nossa abordagem

Todos devem fazer a sua parte para reduzir o impacto das mudanças climáticas, mas a responsabilidade de enfrentar esse impacto não pode ser atribuída apenas aos pequenos agricultores. Na JBS, estamos melhor posicionados para engajar nossos fornecedores, parceiros do sistema alimentar e consumidores sobre como abordar coletivamente nossas emissões compartilhadas de GEE e melhorar a resiliência e a produtividade do sistema alimentar global.

Nossa cultura empresarial sempre promoveu a colaboração in loco em vez da imposição à distância, e buscamos construir nossas iniciativas de redução do escopo 3 com base na necessidade fundamental de melhorar tanto o desempenho ambiental quanto financeiro de nossos parceiros fornecedores. Priorizamos uma abordagem de transição justa para avançar na sustentabilidade de nossos sistemas de produção alimentar globais, sempre lembrando que o sucesso não seria possível sem as pessoas que tomam ações. Acreditamos que os agricultores fornecem um dos serviços mais importantes para a humanidade – alimentar as pessoas todos os dias – e fazer parceria com eles para tornar suas operações mais eficientes, liberar valor e produtividade, e produzir mais com menos ajudará a combater a insegurança alimentar global e reduzir as emissões.

Nossas Ambições

Em 2021, a JBS se comprometeu a estabelecer metas voluntárias com a iniciativa Science Based Target (SBTi) e trabalhou diligentemente para estabelecer essas metas durante dois anos. Nesse período, a SBTi criou requisitos e elaborou metodologias para empresas de base agrícola que alteraram fundamentalmente os entendimentos anteriores entre a JBS e a SBTi. Embora a JBS esteja, portanto, avançando com suas metas ambientais fora da estrutura da SBTi, tal mudança não altera nossos objetivos climáticos.

A nossa ambição de estabelecer metas baseadas em dados científicos sólidos não mudou. Continuamos também a fazer parcerias com agricultores, ONGs, universidades, clientes e outros stakeholders para identificar formas de reduzir as emissões agrícolas, combater a insegurança alimentar global e melhorar a sustentabilidade dos sistemas alimentares. Acreditamos que a agricultura tem um papel essencial a desempenhar na solução das mudanças climáticas e que empresas como a JBS podem e devem ajudar a liderar ações coletivas.

Resiliência climática além das emissões de GEE

À medida que as mudanças climáticas continuam desafiando o setor agrícola, estamos comprometidos em expandir nosso foco além da redução de emissões. Embora a mitigação de GEE continue sendo um componente crítico de nossa estratégia, reconhecemos a necessidade de uma abordagem holística para a resiliência climática que inclua garantir um fornecimento confiável a alimentos acessíveis e nutritivos.

A resiliência do sistema se refere à capacidade de nossas operações agrícolas de absorver, adaptar-se e recuperar-se de choques e estresses relacionados ao clima, mantendo funções essenciais. Construir resiliência envolve integrar práticas que melhoram a estabilidade e a saúde dos ecossistemas, promovem o gerenciamento sustentável de recursos e garantem o fornecimento de alimentos.

Na JBS, focaremos nas seguintes áreas principais para aumentar a resiliência climática em nossos negócios e cadeias de valor, priorizando sua sustentabilidade, produtividade e contribuição para a segurança alimentar global diante dos impactos climáticos.

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Desmatamento

Mitigar as mudanças no uso do solo nas cadeias de fornecimento da JBS é a nossa maior oportunidade para reduzir as emissões indiretas de GEE. De um modo mais geral, a estabilidade das florestas também tem uma influência importante nos padrões de precipitação, na biodiversidade vegetal e animal, na qualidade da água e do solo, na prevenção de cheias e na vitalidade econômica dos pequenos agricultores. Para abordar os principais fatores dos riscos de desmatamento em nosso fornecimento de gado brasileiro, a JBS desenvolveu uma abordagem multifacetada que inclui:
Política de Compra Responsável
A Política de Compra Responsável de Matérias-Primas da JBS Brasil proíbe a compra de gado de fazendas envolvidas em desmatamento ilegal, trabalho análogo à escravidão, invasão de territórios indígenas e Quilombolas, envolvimento em crimes hediondos ou embargados pelas autoridades ambientais brasileiras.
Monitoramento e Fiscalização da Cadeia de Fornecimento
O sistema de monitoramento da cadeia de suprimentos da JBS Brasil aumenta nossa visibilidade em cadeias de fornecimento de gado complexas, por meio de bancos de dados públicos e governamentais, imagens de satélite e dados georreferenciados. A verificação da conformidade dos fornecedores diretos e indiretos de gado com as normas socioambientais é fundamental para garantir a integridade das cadeias de abastecimento.
Assistência Técnica e Serviços de Extensão para Produtores
Oferecemos serviços de consultoria gratuitos por meio dos nossos Escritórios Verdes para agricultores que desejam melhorar seu desempenho ambiental, produtividade e práticas sustentáveis. Serviços gratuitos são oferecidos para capacitar os produtores para que intensifiquem a produção de forma sustentável e reduzam os incentivos econômicos ao desmatamento ilegal de florestas adicionais.
Engajamento e Parceria de Múltiplos Stakeholders
A JBS participa de fóruns e associações globais para mobilizar apoio e entregar mudanças em escala em uma cadeia de suprimentos complexa.
Promoção do Desenvolvimento Sustentável
Por meio do Fundo JBS pela Amazônia, promovemos economicamente soluções viáveis para a conservação e restauração florestal, desenvolvimento socioeconômico da comunidade e avanço científico e tecnológico que melhoram o uso sustentável das florestas e a qualidade de vida de seus moradores. Para saber mais sobre nossas estratégias e ações para lidar com o desmatamento, visite Fornecimento Responsável.

Estudo de Caso: Restaurando a Preservação da Terra

A JBS no Brasil, por meio de sua rede de 20 Escritórios Verdes , fornece apoio técnico gratuito e serviços de extensão para produtores que buscam melhorar o desempenho ambiental, a produtividade e as práticas sustentáveis ​​de suas propriedades.

Com equipes compostas por especialistas e uma rede de consultores credenciados, os Escritórios Verdes da JBS oferecem assistência técnica abrangente para ajudar os produtores a adaptarem suas fazendas para cumprir com os requisitos ambientais e de sustentabilidade da empresa.

Esse apoio não se limita a fornecedores que foram bloqueados recentemente por não conformidade. A empresa também busca ativamente em seu banco de dados oportunidades para ajudar a reativar antigos fornecedores. Esse foi o caso de um pequeno produtor de gado de Tucumã, no Pará, que foi bloqueado por três anos e cinco meses devido à não conformidade com a Política de Compra Responsável de Gado da JBS.

Desconhecendo as etapas exigidas e sem os recursos necessários para regularizar sua terra, o produtor aceitou o apoio técnico gratuito fornecido pelos Escritórios Verdes da JBS. Como resultado, ele conseguiu a regularização ambiental de sua fazenda – e irá restaurar 18,4 hectares de área de preservação permanente – e voltou a fornecer para a JBS após um processo de nove meses de análise e aprovação pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR) e pelo Programa de Regularização Ambiental.

Este é um exemplo das quase 8.500 fazendas que nossos Escritórios Verdes contribuíram para regularização até o final de 2023.

2

Manejo de Pastos e Pastagens

As pastagens sustentam a biodiversidade, sequestram carbono e regulam a água. Ao fazer parcerias com stakeholders da cadeia de suprimentos, organizações de conservação e pecuaristas, a JBS visa proteger esses ecossistemas, garantindo sua viabilidade ecológica e econômica.
Conservação e estabilidade das pastagens
As pastagens desempenham um papel crucial no sequestro de carbono, capturando quantidades significativas de dióxido de carbono atmosférico e armazenando-o nas raízes das plantas e no solo. Além disso, pastagens saudáveis ​​ajudam a regular os ciclos da água, previnem a erosão do solo e fornecem pasto para o gado, tornando sua preservação essencial para as comunidades rurais e ecossistemas.
Gerenciamento do gado
A gestão adequada do gado nas cadeias de suprimentos agrícolas apoia as pastagens e áreas de pasto ao promover práticas de pastejo sustentável e reduzir o sobrepastejo. O movimento e a distribuição otimizados do gado ajudam a garantir que os pastos sejam utilizados de maneira uniforme e tenham tempo suficiente para se recuperar, o que mantém a saúde do solo e a cobertura vegetal. Além disso, integrar a gestão da cadeia de suprimentos com sistemas de pastejo rotacionado pode aumentar a produtividade e a biodiversidade das pastagens, levando a pastagens mais resilientes e sustentáveis.
Planos de gestão de pastagem
Planos eficazes de gestão de pastejo focam na otimização do uso do pasto para manter a saúde do solo, melhorar o sequestro de carbono e maximizar a saúde e produtividade dos animais. Algumas práticas incluem o pastejo rotacionado, períodos adequados de descanso durante a estação de crescimento, minimização de solo exposto e monitoramento da forragem acima do solo. Os planos de gestão de pastagem são vantajosos para os sistemas de pastejo, pois podem proporcionar melhores resultados econômicos para os produtores e maior controle sobre os resultados ambientais positivos, como aumento da biodiversidade e retenção de água.
Controle de espécies invasoras
Controlar espécies invasoras é essencial para manter a produção de forragem nativa em pastos e áreas de pastagens. Espécies invasoras frequentemente superam plantas nativas, reduzindo a biodiversidade e a disponibilidade de forragem nutritiva para o gado. Com investimento e apoio do setor da pecuária, podemos ajudar a prevenir a invasão de espécies invasoras e manter a saúde e a produtividade das pastagens.

ESstudo de Caso: Apoio às Pastagens Nativas

Manter um ambiente saudável para gado e ovelhas é um elemento fundamental do programa Farm Assurance (FA) da JBS na Austrália.

Trabalhando com agrônomos e horticultores líderes do setor para aperfeiçoar pastagens para o gado, os proprietários no programa FA da JBS são recomendados a atingir 75% de cobertura do solo de capim saudável em suas propriedades por meio de práticas regenerativas. Isso garante que o gado sempre tenha acesso ao capim e apoia o crescimento de pastagens nativas que são vitais para preservar a biodiversidade da fazenda, incluindo espécies adaptadas a solos difíceis e condições climáticas adversas. Além disso, os parceiros são incentivados a adotar faixas de abrigo para o bem-estar animal e o crescimento da vegetação. As faixas de abrigo fornecem naturalmente ao gado sombra do vento, sol e chuva, e criam corredores para plantas e animais nativos prosperarem e conectar fazendas vizinhas para criar ecossistemas melhorados.

3

Saúde do solo e gerenciamento da água

A saúde do solo e o gerenciamento da água desempenham papéis fundamentais na produção sustentável do gado e ração. Solos saudáveis ​​promovem o crescimento de culturas nutritivas para ração, que impactam diretamente a saúde e a produtividade dos animais. Além disso, o gerenciamento hídrico eficaz mantém suprimentos de água limpos e suficientes para irrigação de gado e plantações, reduzindo o impacto ambiental e melhorando a conformidade regulatória.
Melhorando a saúde do solo
Solos saudáveis ​​são cruciais para uma agricultura resiliente. A JBS apoia práticas de fornecedores tais como o como cultivo de cobertura, agricultura sem plantio direto e corretivos de solo para melhorar a estrutura da terra, aumentar a matéria orgânica e a retenção de água. Essas práticas também contribuem para o sequestro de carbono e a biodiversidade, criando um sistema mais robusto, capazes de resistir às variações climáticas e garantir a produção contínua de alimentos.
Uso eficiente e conservação da água
Como um recurso vital, a água deve ser usada de forma eficiente para promover a resiliência climática e a segurança alimentar. A implementação de sistemas de irrigação de precisão, coleta de água da chuva e técnicas de reciclagem hídricas reduzem o desperdício e garantem o fornecimento adequado durante os períodos de seca. Proteger a qualidade da água por meio de escoamento controlado e zonas de amortecimento previne a contaminação e preserva os ecossistemas aquáticos, apoiando a produção agrícola consistente.
Planos de gerenciamento da seca
Os planos de gerenciamento da seca aumentam a disponibilidade de água e forragem, mantendo a saúde do ecossistema. Eles usam uma abordagem proativa de redução de risco para enfrentar os desafios impostos pelas secas, como a diminuição da quantidade e da qualidade da água, que são necessárias para propriedades rurais e pastagens produtivas. A seca também pode contribuir para surtos de insetos, aumento de incêndios florestais e alterações no ciclo de nutrientes, que afetam os ecossistemas agrícolas.

Estudo de Caso: Incorporando Suínos à Produção de Culturas

Quando feito corretamente, a criação de suínos ao ar livre pode ajudar a melhorar a qualidade do solo. Este é um princípio fundamental da abordagem da nossa unidade Pilgrim’s Europe Pork para a agricultura regenerativa e uma das razões pelas quais as matrizes de seu programa de bem-estar British Quality Plus (BQP) passam suas vidas inteiramente ao ar livre.

Incorporar o gado em uma rotação de culturas oferece ao solo uma pausa valiosa da produção contínua de culturas, que tende a esgotar os nutrientes e comprometer a saúde do solo. Dentro do programa BQP da Pilgrim’s Europe, os suínos são alojados nos campos de agricultores parceiros por dois anos, durante os quais produzem esterco que enriquece o solo, reduz a carga de ervas daninhas e a transmissão de doenças, aumenta a retenção de nutrientes e promove a biodiversidade. Isso torna a terra mais produtiva para o cultivo de culturas como cereais ou batatas, melhorando os rendimentos e eliminando a necessidade de fertilizantes sintéticos para os agricultores de culturas.

Para demonstrar os benefícios financeiros e de sustentabilidade da integração de suínos de criação ao ar livre nas práticas agrícolas, a Pilgrim’s Europe Pork fez parceria com a Intellync para analisar a saúde do solo antes e depois da produção de suínos em nove fazendas no sudeste da Inglaterra. O estudo indicou aumentos na matéria orgânica e no carbono do solo, reduções no uso de fertilizantes e melhorias nos rendimentos. No entanto, os benefícios foram temporários, o que exigiu a inclusão contínua de suínos nas rotações para resultados sustentados, reforçando a sinergia entre a criação de gado e a produção de culturas agrícolas.

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Saúde e Desempenho Animal

Estratégias climáticas devem ser projetadas e implantadas para instigar mudanças transformadoras nas práticas de produção animal, ao mesmo tempo em que promovem benefícios ecológicos e financeiros de longo prazo para fazendeiros e suas terras. As soluções devem equilibrar a eficiência geral com os altos padrões de bem-estar animal e qualidade do produto.
Reduções de emissões
Reduzir as emissões entéricas de metano é crucial para a produção sustentável de gado. As estratégias incluem melhorar as dietas dos animais ao incorporar forragens de alta qualidade e aditivos para ração, por exemplo, para aumentar a eficiência da digestão e reduzir a produção de metano.
Eficiência da ração
Otimizar a conversão da ração para proteína animal reduz a intensidade de água e carbono da produção de gado e aves. Uma melhor eficiência da ração promove a saúde e a produtividade dos animais, contribuindo para um sistema agrícola resiliente mais sustentável.
Gerenciamento da cadeia de suprimentos de gado
Conectar proprietários de gado com práticas sustentáveis ​​em cada estágio da produção é vital para soluções escaláveis ​​da cadeia de valor. Empresas como a JBS devem trabalhar para fornecer aos criadores recomendações baseadas na ciência e estratégias de ROI gerenciáveis ​​para posicionar os resultados ambientais.

Estudo de Caso: Testando o Impacto dos Taninos

A JBS Friboi está ativamente apoiando a busca por aditivos alimentares escaláveis que melhorem a eficiência alimentar nas dietas animais – uma das maneiras possíveis de diminuir as emissões de metano. A JBS e o Instituto de Zootecnia (IZ) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo estabeleceram uma parceria em 2021 para desenvolver estudos voltados à redução das emissões de gases de efeito estufa na cadeia de fornecimento de gado.

O projeto foca na pesquisa de aditivos alimentares que melhoram a eficiência do uso de nutrientes nas dietas animais, reduzindo assim as emissões de metano e promovendo a sustentabilidade na produção de carne. Em 2022, o Neutropec, Instituto de Produção Animal, foi lançado em São José do Rio Preto. Este centro de pesquisa do Instituto de Zootecnia (IZ) possui uma estrutura dedicada para estudos sobre a intensificação dos sistemas de produção de gado de corte. O IZ monitorou animais no confinamento da JBS em Guaiçara (SP) por cerca de seis meses. A participação da JBS permitiu testes em grande escala e suporte financeiro.

Até o momento, cinco tipos de aditivos foram testados nos confinamentos da JBS, com os resultados mostrados na tabela, juntamente com avaliações de seus efeitos no aumento da eficiência alimentar na nutrição animal. Enfatizamos nossa busca contínua pela melhor ciência e tecnologia disponível durante o período de confinamento.

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Soluções de economia circular

Sistemas de ciclo fechado para reutilização e reciclagem de resíduos e energia podem desempenhar um papel importante na viabilidade de longo prazo da produção agrícola de alimentos. Aplicar conceitos estratégicos de economia circular em nossas operações é um componente integral do nosso modelo de negócios, e criamos negócios especificamente dedicados a essa estratégia. Essa integração apoia o crescimento econômico reduzindo custos operacionais e pegadas ambientais, promovendo, em última análise, uma economia mais sustentável e resiliente.
Energia renovável
A conversão de resíduos orgânicos em fontes de energia, como biogás ou biocombustíveis, pode alimentar vários estágios da cadeia de valor da agricultura animal. Ao utilizar resíduos como um recurso, essa abordagem não apenas reduz a necessidade de combustíveis fósseis, mas também atenua o impacto ambiental associado ao descarte de resíduos, criando um ciclo sinérgico em que os resíduos são continuamente reaproveitados para gerar energia.
Embalagem
Projetar embalagens para fácil reciclagem e incorporar materiais reciclados em novos designs pode criar sistemas de ciclo fechado para reutilização contínua. Essas soluções estendem a vida útil da embalagem e reduzem a necessidade de itens de uso único, promovendo padrões sustentáveis ​​de produção e consumo.
Soluções para a cadeia de suprimentos
Fluxos de subprodutos da agricultura e do processamento animal também podem ser convertidos em produtos de valor agregado, como colágeno, fertilizantes, produtos farmacêuticos e muito mais. Essas transformações promovem a inovação, aumentam a eficiência dos recursos e criam fluxos de receita.

Estudo de Caso: Transformando Resíduo em Combustível Renovável

Nas unidades de processamento de bovinos e ovinos da JBS, a gordura animal resultante dos resíduos de processo é transformada em uma forma líquida conhecida como "sebo" e refinada em combustíveis renováveis ​​que contribuem para reduzir as emissões das atividades de transporte globalmente.
Em 2023, aproximadamente 656.000 toneladas de sebo produzidas nas unidades da JBS nos EUA, Austrália e Canadá foram refinadas em combustíveis renováveis. Esses combustíveis renováveis ​​são usados ​​para abastecer setores de transporte de difícil descarbonização, incluindo aeronaves, veículos pesados ​​e balsas em algumas partes do mundo. O diesel renovável e os combustíveis de aviação sustentáveis ​​refinados do sebo da JBS por nossos clientes podem reduzir em mais de 50% as emissões de GEE do que os combustíveis fósseis convencionais.

Case Studies:

Realização de avaliações na fazenda
Em 2023, nossa unidade de produção de hambúrgueres bovinos da Pilgrim’s Europe, a Beef Orléans, comemorou o 20º aniversário de seu programa de contrato de fornecimento de gado.
Criado em 2003 como uma saída garantida para fazendeiros que buscam uma alternativa a um mercado de gado volátil e incerto, os objetivos do programa permanecem os mesmos hoje:
  • Para garantir o fornecimento de carne bovina da unidade por meio de animais exclusivos na fazenda.
  • Para concordar com um preço independente das flutuações do mercado, garantindo eficiência econômica e segurança de renda para todos, começando com os parceiros fazendeiros.
  • Para garantir que os fazendeiros tenham uma via e visão de médio/longo prazo para planejar a produção e o investimento.
  • Para ajudar seus fornecedores a enfrentarem os desafios e expectativas em evolução relacionados ao clima, a Beef Orléans desenvolveu duas ferramentas de diagnóstico exclusivas.
  • CAP'2ER, uma Avaliação do Ciclo de Vida na Fazenda que ajuda os criadores de gado a entender suas alavancas de ação e os resultados ambientais positivos gerados por suas fazendas.
  • BoviWell, uma Avaliação de Desempenho Animal na Fazenda que identifica onde as fazendas podem melhorar ainda mais.
  • Em 2023, a Beef Orléans contratou 30.000 cabeças de gado de 1.070 fazendas francesas, 100% das quais foram avaliadas usando essas ferramentas. Hoje, um programa adicional está sendo desenvolvido para apoiar a implementação de mais ações na fazenda.
Investir na inovação em confinamento
Nos Estados Unidos, a JBS USA contribuiu com US$ 700.000 para a University of Nebraska-Lincoln Foundation para apoiar um novo Feedlot Innovation Center, que incluirá construções de conforto e pesquisa para gado, uma instalação de tecnologia de ração, lotes abertos inovadores e uma instalação de manejo de animais.
A expansão visa criar instalações do mundo real para testar novas tecnologias de precisão, resolver desafios ambientais enfrentados pela indústria de ração e melhorar o desempenho e o bem-estar do gado ao comparar diferentes ambientes e sistemas de alojamento. Também permitirá inovação na coleta e gerenciamento de esterco que inovará tanto novas quanto possíveis modificações para operações existentes. O confinamento deve ser aberto para pesquisa em julho de 2024.
Construindo fazendas autossustentáveis
Nosso negócio de frango da Pilgrim’s Europe construiu uma granja avícola de última geração para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Localizada em Lincolnshire, Reino Unido, a Beech Farm foi construída do zero com a sustentabilidade em mente para reduzir as emissões de Escopo 1 e Escopo 2 em até 100%, efetivamente tirando a fazenda do ‘off grid’ quando todos os sistemas operam em capacidade máxima.
Tudo, desde o design e o layout da construção da fazenda até a captura e reciclagem da água da chuva, reflete o mantra da Pilgrim’s Europe de “reduzir, reutilizar, renovar”. As tecnologias utilizadas na fazenda para reduzir as emissões incluem bombas de calor de fonte terrestre para gerar aquecimento, sistemas de troca de calor para reduzir o uso geral de calor e tecnologia solar capaz de gerar 1 MW de eletricidade, que funcionam em conjunto com o armazenamento de bateria de lítio. A instalação também pratica as mais recentes medidas de biossegurança para ajudar a garantir os padrões de segurança e bem-estar para suas aves. Por meio dessas inovações, a Pilgrim’s Europe gerou uma redução de 100% nas emissões de GEE relacionadas à energia na Beech Farm, representando uma economia de 900 toneladas de CO2e por ano. Com mais de 700 parceiros criadores de frangos no Reino Unido, a Pilgrim’s Europe planeja usar a Beech Farm como uma fazenda modelo para compartilhar conhecimento e assistência técnica com sua rede de produtores de aves. O potencial do projeto de mudar o jogo para a indústria também é particularmente empolgante quando feito em parceria com outras iniciativas de Escopo 3 da Pilgrim’s Europe, como sua ‘Farm Carbon Calculator’ que irá monitorar e rastrear as emissões de GEE em tempo real no nível de fazenda individual, em toda a sua base agrícola.
Criando recursos para o produtos
Como parte dos esforços da empresa para melhorar as práticas de gestão de pastagens e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a JBS USA contribuiu com US$ 230.000 para apoiar duas iniciativas de pesquisa AgNext da Colorado State University.
um roteiro para a indústria de pecuária dos EUA em direção à neutralidade de carbono, identificando lacunas no conhecimento atual sobre estratégias de redução de GEE e a disposição dos produtores em adotar práticas para determinar possíveis caminhos de redução. Além disso, a JBS USA patrocinou o AgNext para ajudar os produtores de gado em todo o país a desenvolver princípios de manejo de pastagem baseados em ciência que apoiarão a sustentabilidade da pecuária.
Promovendo práticas de conservação
Buscando impulsionar o sequestro de carbono, melhorar a saúde do solo e a qualidade da água e criar novas oportunidades econômicas para os produtores lucrarem com práticas de conservação, como plantio direto e culturas de cobertura
A JBS USA realizou uma parceria com o Soil and Water Outcomes Fund para engajar produtores em vários estados dos EUA.
Pesquisa sobre reduções de emissões de metano
Nos Estados Unidos, fazemos parte de 10 empresas que financiam quase US$ 5 milhões para a Food and Ag Research, Greener Cattle Initiative nos próximos cinco anos
para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de práticas e tecnologias para reduzir as emissões de metano entérico do gado. Em 2023, um total de três ensaios de pesquisa de metano entérico em larga escala foram financiados.
Em 2022, a Pilgrim's Europe inaugurou uma granja de aves tecnologicamente avançada como parte de seus esforços para alcançar emissões líquidas zero até 2040. Localizada em Lincolnshire, no Reino Unido, a granja foi concebida pensando na sustentabilidade, reduzindo as emissões dos escopos 1 e 2 em 100% ao eliminar o consumo de energia elétrica da concessionária quando todos os sistemas estão operando em plena capacidade.
Desde o design e o layout das estruturas até a captação e reciclagem de água da chuva, tudo foi inspirado no lema da Pilgrim´s, de “reduzir, reutilizar, renovar.” Entre as tecnologias utilizadas na granja para zerar as emissões estão bombas de calor geotérmicas, sistemas trocadores de calor para reduzir o consumo total de aquecimento, e uma usina fotovoltaica capaz de gerar 1 MW de energia, operando em conjunto com um sistema de armazenamento a bateria de lítio. A unidade também conta com o que há de mais avançado em medidas de biossegurança, garantindo elevados padrões de segurança e bem-estar animal. Por meio dessas inovações, a Pilgrim's Europe obteve uma redução de 100% nas emissões de GEE relacionadas à energia na granja, o que representa uma redução de 900 toneladas de CO2e por ano. Com mais de 700 produtores parceiros no Reino Unido, a Pilgrim's Europe pretende usar a granja como fazenda modelo, compartilhando conhecimentos e oferecendo assistência técnica à sua rede de produtores avícolas. O potencial do projeto para transformar o setor se torna ainda mais promissor quando associado a outras iniciativas da Pilgrim's Europe para reduzir as emissões de escopo 3, como sua “Calculadora de Carbono,” que permite monitorar em tempo real as emissões de GEE em propriedades individuais, abrangendo toda a base de produção.
O JBS Farm Assurance (JBSFA, na sigla em inglês) é um programa voltado para a cadeia de fornecedores de bovinos e ovinos, auditado por terceiros, que contribui para garantir a integridade dos produtos para clientes e consumidores da JBS Australia, abrangendo os quesitos segurança alimentar, bem-estar animal, garantia de qualidade e rastreabilidade. Seis marcas estão contempladas no programa: Great Southern, Hereford Boss, King Island Beef, Pinnacle, Little Joe e Portoro.
O JBS Farm Assurance (JBSFA, na sigla em inglês) é um programa voltado para a cadeia de fornecedores de bovinos e ovinos, auditado por terceiros, que contribui para garantir a integridade dos produtos para clientes e consumidores da JBS Australia, abrangendo os quesitos segurança alimentar, bem-estar animal, garantia de qualidade e rastreabilidade. Seis marcas estão contempladas no programa: Great Southern, Hereford Boss, King Island Beef, Pinnacle, Little Joe e Portoro. Entre os elementos do JBSFA está um arcabouço normativo para diagnóstico das práticas de sustentabilidade adotadas pelos produtores, nas áreas de: solo, pastagem, vegetação, água, animais, pessoas e gestão de carbono. Desenvolvido em consulta com produtores e clientes, o arcabouço visa atender às mudanças nas expectativas dos consumidores em relação à sustentabilidade. Em alinhamento com o compromisso da empresa de ser Net Zero até 2040, a gestão de carbono tem sido um dos principais focos do programa JBSFA. Em parceria com a consultoria Integrity Ag & Environment, desde 2021 a JBS Australia vem desenvolvendo um diagnóstico detalhado das emissões de carbono dos produtores de gado participantes do programa JBSFA, e trabalha com eles para pôr em prática as oportunidades identificadas para redução de emissões. Como parte desse projeto, a JBS Australia apoiou o desenvolvimento de um modelo simplificado de medição e relato da pegada de carbono das fazendas. Em dezembro de 2022, cerca de 50 produtores participavam da iniciativa, o que representa aproximadamente 3% do programa JBSFA. A JBS Australia continuará a expandir a medição da pegada de carbono nas fazendas ao longo de 2023. Na próxima etapa do projeto, serão utilizados os resultados de estudos nas fazendas para refinar o diagnóstico da pegada de carbono na cadeia pecuária da Divisão Sul da JBS, bem como para construir uma estratégia de redução das emissões, contribuindo ao compromisso global Net Zero da JBS.
Na Friboi, as emissões de GEE são geradas principalmente por atividades de escopo 3, como a fermentação entérica. Portanto, é fundamental trabalharmos em parceria com todos os atores da cadeia de valor para melhorar a eficiência dos sistemas de produção pecuária e identificar alternativas para reduzir as emissões de metano nos rebanhos brasileiros.
Por isso, estamos trabalhando para identificar aditivos alimentares capazes de melhorar a eficiência alimentar dos animais em grande escala, sendo esta uma das rotas para reduzir as emissões de metano. Estabelecemos parceria com o novo Laboratório de Fermentação Ruminal e Nutrição de Bovinos de Corte do Instituto de Zootecnia (IZ), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, para testar diversos inibidores de metanogênese. Um dos primeiros aditivos a serem testados são taninos, moléculas complexas oriundas de plantas. Eles tornam o processo de fermentação da dieta nos animais mais eficiente, reduzindo as emissões de metano. Por meio de aditivos alimentares e parcerias com instituições de pesquisa, pretendemos enfrentar os desafios associados às nossas emissões de escopo 3, principalmente aquelas relacionadas à fermentação entérica e ao gerenciamento de dejetos em bovinos.
Nos Estados Unidos, a JBS USA aportou US$ 700 mil para a Universidade de Nebraska-Lincoln para apoiar a construção de um novo Centro de Pesquisas e Inovação em confinamento pecuário, que incluirá instalações para conforto e pesquisa de gado, uma unidade de tecnologia de ração, áreas inovadoras para alojamento dos animais e uma instalação para manejo de gado. Em novembro de 2022, o Centro realizou sua cerimônia oficial de inauguração.
A expansão tem como objetivo simular instalações de confinamento para testar novas tecnologias de precisão, resolver desafios ambientais enfrentados pelo segmento de confinamento, e melhorar o desempenho e o bem-estar do gado por meio de estudos comparativos de diferentes ambientes e sistemas de alojamento. Também serão desenvolvidas inovações na coleta e manejo de esterco, podendo levar à incorporação de novas abordagens e alterações em unidades existentes.
Em dezembro de 2020, a JBS Canada concluiu a instalação de uma lagoa anaeróbica coberta, com capacidade para 3,5 milhões de metros cúbicos (m3), destinada a captar e eliminar a maior parte das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sua unidade frigorífica em Brooks, Alberta. Dotada de cobertura e um sistema de coleta e manejo de biogás, a lagoa anaeróbica contribui
para evitar a emissão de GEE na atmosfera, reduzindo aproximadamente 90% das emissões da unidade em comparação com os níveis anteriores à construção do sistema. Além disso, a lagoa contribui para o processo de tratamento de água da unidade, melhorando sua eficiência. Mais de 99% dos efluentes industriais tratados na instalação são recuperados e utilizados para irrigação em terras agrícolas locais, beneficiando culturas como alfafa, cevada, trigo e gramíneas. A equipe da unidade continua a buscar novos destinos para o biogás captado, e firmou parceria com uma empresa referência em digestão anaeróbica de sólidos com o objetivo de identificar novas oportunidades para a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos sólidos gerados na unidade. As duas fontes de biogás serão combinadas e aproveitadas em novas aplicações.
No âmbito dos esforços da Companhia para aperfeiçoar as práticas de manejo de pastagens e zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2040, a JBS USA aportou US$ 230 mil para apoiar duas iniciativas do programa de pesquisas AgNext da Universidade Estadual do Colorado. O primeiro projeto tem por objetivo desenvolver um roteiro para zerar as emissões líquidas no setor pecuário dos EUA..
O documento identificará lacunas de conhecimento nas estratégias de redução de GEE, apontará possíveis caminhos de redução por meio de avaliações do ciclo de vida (LCA, na sigla em inglês) e calculará curvas de custo de abatimento para mitigação de GEE. Além disso, a JBS USA, em parceria com o programa AgNext, apoia produtores de gado em todo o país na implementação de princípios de manejo de pastagens baseados em ciência, contribuindo para a sustentabilidade da pecuária.